sexta-feira, 9 de novembro de 2007

SANTA COMBA DÃO Aguieira opõe autarquia ao INAG e à EDP

Em ano de chuva, a barragem da Aguieira não tem água para abastecer as populações. O presidente da câmara não poupa críticas à gestão do INAG e a EDP. Embora o Outono vá seco, o Instituto da Água (INAG) considera que essa escassez de chuva, em termos meteorológicos, ainda não se traduz no armazenamento de água em albufeiras. Mesmo assim, na barragem da Aguieira foi necessário, nos últimos dias, fazer restrições na utilização da água na produção de energia eléctrica, para garantir o abastecimento de água aos concelhos de Mortágua e Santa Comba Dão. O presidente da autarquia de Santa Comba, João Lourenço, considera a situação um absurdo, acusando a EDP e o INAG “de alguma irresponsabilidade e falta de coordenação na gestão dos recursos da albufeira”. O autarca lembra que, em 2005, “que foi um ano de seca extrema, não se registaram os problemas que ameaçam haver agora”. Nesta altura, devido ao abaixamento registado no nível da água, armazenada na barragem da Aguieira, as captações para abastecimento público, que devem trabalhar a determinada profundidade, estão com as bombas em seco. Numa reunião com responsáveis do INAG, esta semana, João Lourenço disse “não aceitar que num ano, como o de 2007, em que choveu até no Verão, se estejam a prejudicar as populações”. Nesse encontro, o autarca percebeu que, por vezes, a EDP faz descargas sem dar conhecimento ao Instituto da Água. Diz ter ficado chocado quando soube que há umas semanas atrás, “a pedido da câmara de Penacova, foram feitas descargas por causa de uma prova de motonáutica, que ia decorrer a jusante da barragem”. Para o presidente da câmara de Santa Comba, uma decisão desta natureza não faz sentido, pois “as previsões do tempo já apontavam para este período de seca, e, primeiro, há que assegurar o abastecimento às populações”. João Lourenço não tem dúvidas de que se estão a cometer “erros crassos na gestão da água da albufeira da barragem da Aguieira”.
asbeirasonline

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