sábado, 31 de maio de 2008

Esquerdas criticam situação social e convocam sessão/festa

Manuel Alegre, alguns dirigentes históricos do Partido Socialista e o Bloco de Esquerda tornaram pública uma declaração de crítica às políticas do governo de José Sócrates na área social, e de compromisso de falar claro "contra o pensamento único, a injustiça e a desigualdade". O apelo conjunto, com 85 assinaturas, convoca para a próxima terça-feira, dia 3 de Junho, uma sessão/festa no Teatro da Trindade, em Lisboa, onde usarão da palavra Manuel Alegre, Isabel Allegro, professora universitária e antiga colaboradora de Maria de Lourdes Pintasilgo, e o deputado bloquista José Soeiro.
A declaração começa por fazer um diagnóstico muito negativo da situação que se vive em Portugal 34 anos depois do 25 de Abril. "Novas e gritantes desigualdades, cerca de dois milhões de portugueses em risco de pobreza, aumento do desemprego e da precariedade, deficiências em serviços públicos essenciais, como na saúde e na educação. Os rendimentos dos 20 por cento que têm mais são sete vezes superiores aos dos 20 por cento que têm menos", assinalando que numa democracia moderna, os direitos políticos são inseparáveis dos direitos sociais. "Se estes recuam, a democracia fica diminuída. O grande défice português é o défice social, um défice de confiança e de esperança."
Os signatários colocam como exigência que se restaurem as metas sociais consagradas na Constituição e afirmam a necessidade de uma "cidadania contra a insegurança, contra as desigualdades, por mais e melhor democracia."
A declaração faz ainda referência à política dos Estados Unidos, de "agressão" e de violações do direito internacional e dos direitos humanos, afirmando que "Bagdad, Abu-Ghraib e Guantánamo são os novos símbolos da vergonha", e afirma a necessidade de lutar pelos valores da Paz e pelos Direitos Humanos.
Citando Miguel Torga, os signatários afirmam que "É tempo de buscar os diálogos abertos e o sentido de responsabilidade democrática que têm de se impor contra o pensamento único, a injustiça e a desigualdade."
Entre os 85 signatários estão os fundadores do Partido Socialista Carolina Tito de Morais e José Neves, o histórico militante socialista Edmundo Pedro, os deputados bloquistas Francisco Louçã, Luís Fazenda, José Soeiro e João Semedo, a autarca de Lisboa Helena Roseta, os sindicalistas Ulisses Garrido, Mariana Aiveca e Manuel Grilo, o arqueólogo Cláudio Torres, o reitor da Universidade de Lisboa, António Nóvoa, o ex-líder parlamentar do PCP Carlos Brito, o militar de Abril general Alfredo Assunção, o editor Nélson de Matos, entre outros.
Leia aqui a declaração e a lista de signatários

Código do trabalho: Bloco acusa Vieira da Silva de "cambalhotas" no debate

No debate de urgência que o Bloco agendou para discutir a revisão do Código do Trabalho, José Soeiro lembrou que «as propostas de alteração ao Código de Trabalho merecem rasgados elogios de Bagão Félix». O ministro doTrabalho foi acusado de ter mudado de posição sobre esta matéria enquanto deputado (então na oposição) e já enquanto ministro. Veja aqui todas as intervenções dos deputados bloquistas neste debate.
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terça-feira, 27 de maio de 2008

Cresce indignação contra os preços dos combustíveis

Multiplicam-se os protestos contra os aumentos desenfreados dos preços dos combustíveis. Os sindicatos de pescadores e os armadores de pesca mantêm a convocação de uma greve por tempo indeterminado para sexta-feira, que deve abranger Portugal, Espanha, França e Itália. A circular pela Internet, em mensagens de correio electrónico e em blogs, um apelo pede a que nos dias 1, 2 e 3 de Junho não seja feito qualquer abastecimento de combustível. Diante da crise, o governo limita-se a dizer que não vai ceder às pressões, para "não colocar em risco o Pacto de Estabilidade e Crescimento" (Manuel Pinho) e que não cederá "à tentação de facilitismo" que levou ao congelamento dos preços dos combustíveis no passado (José Sócrates).
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Palestina: quem resistiu 60 anos, resiste outros 60, diz Saramago

O prémio Nobel da literatura José Saramago participou ontem numa sessão de solidariedade com o povo palestiniano que assinalou os 60 anos da "Nakba", a catástrofe causada aos palestinianos pela guerra promovida por Israel para declarar a fundação do seu Estado na Palestina, que provocou a expulsão de 700 mil palestinianos das suas terras. Participaram cerca de 200 pessoas na sessão pública no teatro A Barraca, em Lisboa, com intervenções de Miguel Portas, Alan Stoleroff, Bruno Dias e Mohammad Barakeh. Pelo Movimento pelos direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente, organizador da sessão, falaram Isabel Allegro e Mário Ruivo.
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José Saramago : " Que um eco de Lisboa chegue à Palestina"



Em depoimento exclusivo ao Esquerda.net no final da sessão de apoio à Palestina nos 60 anos da "Nakba", o prémio Nobel da Literatura José Saramago defende que é preciso alargar a base social da solidariedade ao povo palestino e que acções como a sessão em Lisboa de 26 de Maio de 2008 são muito importantes.

Joe Satriani - Flying In A Blue Dream(Live in San Francisco)

Árvore

Maio de 68: A Revolução em Imagens


Via Farpa Kultural

O que anda a fazer o ministro Vieira Silva


Via Farpa Kultural

Mais um caso de violência onde o palco é a "tradicional" Queimas das Fitas

Uma aluna de primeiro ano – dita "caloira" na hierarquia das "praxes" – da Universidade do Minho foi violada por um colega – "cardeal", na mesma hierarquia – durante a festa da "Queima das fitas".É mais um caso de violência em contexto de "tradição académica". Não o sendo, as notícias não chamariam "caloira" à vítima e "cardeal" ao violador, nem procurariam comentários da direcção da Escola ou da associação académica. Não o sendo, a própria aluna não diria "nunca desconfiei dele até porque ele é cardeal do curso e tem por dever proteger os caloiros", nem diria que "ainda pensava que se tratava de mais uma praxe".Este caso é diferente de outros do passado, porque a brutalidade de uma violação sexual choca e é condenável por qualquer pessoa, independentemente do contexto do acto. Também difere por não se ter sucedido em grupo: foi uma decisão individual do "cardeal" (e não das "comissões de praxes") e ocorreu fora do alcance das outras pessoas (e não em situação de "arrebanhamento" onde existem sempre pressões de grupo).No entanto, tem semelhanças em vários pontos com outros casos tornados públicos, por exemplo, "Ana Santos, de Santarém", "Ana Sofia Damião, de Macedo de Cavaleiros" ou "Diogo Macedo, de Famalicão"; e é por isto que não se pode desligar da relação que tem com a "tradição académica":- a confiança depositada num colega "superior" acaba por ser defraudada, deixando clara a arbitrariedade das hierarquias entre estudantes (absurdas e inventadas pela "tradição académica", mas supostamente "protectoras");- a relutância em denunciar o sucedido (denúncia esta que, note-se, não foi feita em Braga) esconde o medo de voltar à escola onde o "cardeal" continuará a "proteger os seus caloiros", e esconde também o receio de dificilmente voltar a frequentar o curso e a escola, aos quais tem todo o direito;- a reacção da direcção da Escola anuncia que “só abrirá um inquérito quando houver uma queixa formal da vítima”, desresponsabilizando-se uma vez mais. Não porque tenha responsabilidade no sucedido, mas porque ao escolher o caminho da ignorância faz com que uma aluna deixe de ter condições de frequentar a instituição de ensino e possa perder, pelo menos, um ano da sua vida;- os convívios escolhidos usam o álcool como argumento que justifica a violência (sendo que nenhum tipo de violência pode ser legitimada pelo abuso de álcool), quando, de facto, a origem dessa violência está no facto de esses convívios se basearem nas "tradicionais" hierarquias que conferem diferentes poderes às pessoas que assim "convivem";- fica mais uma vez provado que na escola e nas suas "tradições", tal como na sociedade, as mulheres são encaradas como "o elo mais fraco", sendo por isso as principais vítimas das discriminações e abusos.Recusamos o policiamento dos convívios entre estudantes como resposta. Pelo contrário, pensamos que a gravidade deste caso obriga a várias reflexões: por parte de quem acredita que a hierarquia é uma solução legítima para o convívio; por parte da direcção da Escola que tem a obrigação de garantir que esta aluna pode continuar a estudar; por parte da direcção da Escola, do Ministério do Ensino Superior e do Ministério Público, que têm a responsabilidade de não deixar este caso cair no esquecimento.Não se pode admitir que uma pessoa tenha medo de denunciar uma agressão, nem tão pouco que essa denúncia traga ainda mais obstáculos à sua vida. Este medo e estes obstáculos são transversais a todos os casos conhecidos (e desconhecidos) e terão que acabar um dia.E esse dia deve ser hoje.(Comunicado de imprensa. 16 Maio 2008)http://www.blogdomata.blogspot.com/

Por um mundo sem...


DIZ QUE É UMA ESPÉCIE DE MUSEU…

"Não construam monumentos que não possam derrubar"
(Wilhelm Reich)
O museu Salazar tornou-se, nos últimos 20 anos, a obsessão de todos os executivos camarários. Enérgico e certamente inspirado no ditador, o actual presidente de câmara parece ter lançado a palavra de ordem - Para o Vimieiro, rapidamente e em força.
À conta desta energia, o Eng. Lourenço conseguiu o milagre de colocar a barricada ideológica no centro da vila. De um lado a evocação do 25 de Abril, do outro o 26 de Maio. De um lado o punho erguido, do outro o braço estendido. De um lado a “Grândola vila morena”, do outro os vivas a Salazar. De um lado o grupo excursionista da URAP, do outro o folclore neofascista. Tudo isto sem sangue no asfalto.
Para serenar os ânimos o presidente da câmara prometeu dedicar um espaço do futuro museu à luta antifascista. Como se a História da oposição ao Estado Novo pudesse ser empurrada para o quarto dos fundos da casinha do ditador. O Eng. Lourenço ainda não percebeu que a perseguição, a censura e o medo não foram um pormenor da História mas o traço identificativo do regime. A oposição antifascista não foi um mundo à parte. Foram homens e mulheres de coragem que ao perder ou ao arriscar a vida criaram as condições para hoje vivermos em liberdade.
Será razoável construir um museu quando o espólio se reduz aos objectos pessoais do ditador – mala de seminarista, garrafas de vinho da quinta das ladeiras, restaurador olex e alguns documentos irrelevantes? Ou como alguém já definiu, “uma cangalhada sem relevância científica”. Além disso, como irá um executivo camarário atolado em dívidas financiar uma obra de 5 milhões de euros?
Para o Bloco de Esquerda a construção de um Museu do Estado Novo não é uma prioridade para o concelho. Prioridade é a aplicação de políticas de desenvolvimento sustentado. Políticas ambientais avançadas, de criação de emprego, de gestão responsável e transparente, de descentralização cultural.

António Miguel Rodrigues

Santa Comba Dão: Petição contra Museu Salazar discutida no Parlamento ainda nesta sessão legislativa

Viseu, 21 Mai (Lusa) - A petição contra a criação do Museu Salazar, em Santa Comba Dão, deverá ser discutida em plenário, na Assembleia da República (AR), "ainda nesta sessão legislativa", disse hoje fonte da União dos Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP).
Segundo António Vilarigues, membro da URAP, "tudo aponta para que o plenário na AR aconteça ainda nesta sessão legislativa, ou seja, até às férias do Parlamento".
"Estamos muito satisfeitos com esta decisão. Não esperávamos que tivesse o aval de todos os partidos, mas é um sinal de que os nossos argumentos são razoáveis", acrescentou.
A Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias aprovou, por unanimidade, a realização de um debate em plenário na AR, onde será discutida a petição contra a criação do Museu Salazar, em Santa Comba Dão.
Esta Comissão "compreendeu o apelo dos signatários da presente petição para que a Assembleia da República condene politicamente a intenção de criar um Museu Salazar em Santa Comba Dão".
Considerou que a Assembleia da República deve "condenar politicamente qualquer propósito de criação de um Museu Salazar e apelar a todas as entidades, e nomeadamente ao Governo e às autarquias locais, para que recusem qualquer apoio, directo ou indirecto, a semelhante iniciativa".
A petição contra a criação do Museu Salazar, promovida pela URAP, foi entregue na Assembleia da República em 05 de Novembro do ano passado, com cerca de 16.000 assinaturas.
A este órgão de soberania, a URAP solicitava que se condenasse politicamente o processo que visa a criação do Museu e que tomasse medidas para impedir a sua concretização.
O projecto de construção de um museu em homenagem a António Oliveira Salazar e um centro de estudos do Estado Novo tem sido liderado pela autarquia de Santa Comba Dão.
Sobre a discussão em plenário da petição contra a criação do Museu Salazar, o autarca de Santa Comba Dão, João Lourenço, considerou que "é bom que aconteça, já que estamos num país democrata". No entanto, lamenta que "não se ouça o que o povo quer".
João Lourenço disse à Agência Lusa ainda que "a Câmara é autónoma para avançar com o projecto do Museu, sem precisar do aval da Assembleia da República".
"A única entidade que ouvimos é a população, que é quem tem legitimidade para se pronunciar", concluiu.
CMM.
Lusa/Fim

III Encontro de Pintura ao Vivo em Santa Comba Dão


A edição do III Encontro de Pintura ao Vivo realizou-se em Santa Comba Dão no dia 10 de Maio, tendo contado com a participação de 25 artistas plásticos de vários pontos do país.
Tendo decorrido durante todo o dia, o trabalho dos pintores constituiu em passar à tela aspectos interessantes do quotidiano da cidade e também de outras terras do Concelho.
Os trabalhos realizados deram lugar a uma exposição colectiva, inaugurada ao princípio da noite desse mesmo dia, e que permanece no átrio da Casa da Cultura de Santa Comba Dão.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

VISEU : TEATRO FÓRUM SOBRE HOMOFOBIA NA FAMILIA E NA ESCOLA

























No âmbito das Jornadas “ Sem Medos – Contra a Homofobia”, realizou-se em Viseu, no dia 17, uma oficina de Teatro Fórum, orientada por José Soeiro. Encenaram-se situações relacionadas com a Homofobia na Família e na Escola.
À noite foi efectuada a Apresentação Pública das respectivas encenações. Esta apresentação, que contou com a presença de algumas dezenas de pessoas, decorreu num clima informal e bastante participado, tendo diversos elementos do público arriscado substituir as personagens em Palco, com o intuito de propôr resoluções para os problemas de homofobia em presença, permitindo assim aprofundar o debate.
A apresentação das Jornadas foi efectuada por José Soeiro e Sérgio Vitorino.








quinta-feira, 15 de maio de 2008

TEATRO FORUM E LUTA CONTRA A HOMOFOBIA NO DIA 17 DE MAIO EM VISEU

Teatro-Forum sobre discriminação, 17 de Maio (dia mundial de luta contra a homofobia), em Viseu no Cafe O Lugar do Capitao (antiga Cocheira, na Rua do Gonçalinho,38) pelas 22.30h
Durante o dia, oficina de Teatro do Oprimido com José Soeiro
Participa!

Bloco promove Jornadas Contra a Homofobia em Maio e Junho

As Jornadas "Sem Medos - Contra a homofobia" são uma iniciativa do Bloco de Esquerda para trazer os direitos sexuais e o combate ao preconceito e à homofobia ao topo da agenda política. Em Maio e Junho, o Bloco percorre o país com debates em Coimbra, Porto, Braga, S. João da Madeira, Viseu, Santarém, Setúbal, Oeiras e Lisboa. É aqui que se realiza, no dia 14 de Junho, o Fórum Sem Medos, um encontro internacional para discutir a diversidade sexual, os direitos humanos de gays, lésbicas, bissexuais e transgéneros e a democracia.