sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Escassez provoca intervenção na Barragem da Agueira

O Instituto da Água fez uma intervenção na barragem da Aguieira na sequência de alguma escassez de água que se está a verificar neste local. O presidente do INAG, Orlando Borges, disse ainda que a Barragem de Almourol poderá vir a não ser construída no local inicialmente previsto.
O Instituto da Água revelou que a falta de chuva que se está a verificar em Portugal neste Outono já obrigou a algumas intervenções, nomeadamente na barragem da Aguieira.Ouvido pela TSF, o presidente do INAG admitiu que o Outono seco está a provocar algumas situações de escassez, uma situação que, contudo, ainda não está a ser preocupante ao nível do armazenamento de água.«No caso da barragem da Aguieira houve necessidade de impor algumas restrições, nomeadamente à produção de energia, tendo em vista garantir o abastecimento público a Mortágua e a Santa Comba Dão», explicou Orlando Borges.Este responsável do INAG adiantou ainda que já está marcada uma reunião da Comissão de Gestão de Albufeiras para 20 de Novembro, onde esta situação será analisada.Apesar desta situação, Orlando Borges assegurou que não há razões para preocupação por agora, uma vez que o nível de armazenamento nas albufeiras é «confortável».«As situações complicadas que se verifiquem neste Inverno têm praticamente efeito no Verão ou Primavera/Verão seguintes. Não é uma situação preocupante, mas é preciso estar atento. Recordo que ainda temos o Inverno pela frente e que pode vir a ser reposto aquilo que são os valores normais dos caudais e armazenamento», acrescentou.O presidente do INAG falou ainda sobre a consulta pública do Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico, que poderá levar a alterações na construção da Barragem de Almourol.Orlando Borges admitiu que devem ser estudados em sede de impacto ambiental outras localizações para esta barragem, entre as quais uma imediatamente a montante de Constância.«Foi unânime a posição dos presidentes de querer a barragem, mas em situações onde se minimizasse os riscos e as condicionantes à sua edificabilidade. É isto que me parece extremamente positivo», adiantou.Este responsável do Instituto da Água sublinhou que os contributos dos cinco autarcas desta região vão ser incluídos no relatório sobre a construção desta barragem.
TSF Online


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