As emissões de dióxido de carbono (CO2), um dos principais gases responsáveis pelo efeito de estufa, aumentou entre 2000 e 2004 a um ritmo três vezes superior ao registado nos anos 1990, revela um estudo científico americano publicado. Os países considerados desenvolvidos contribuíram para 60 por cento das emissões totais em 2004 e 77 por cento das emissões acumuladas desde o início da revolução industrial.
Enquanto na década passada, o aumento se dava a uma média de 1,1 por cento por ano, no início do século XXI passou para 3,1 por cento, segundo o estudo divulgado na página de Internet da revista da Academia Nacional de Ciências.
De acordo com os autores do estudo, este crescimento acelerado das emissões de CO2 deve-se, sobretudo, ao aumento do consumo de energia e ao aumento do recurso ao carbono na produção de energia.
O estudo revela também que o aumento das emissões de CO2, desde 2000, excedeu o pior cenário previsto pelo Grupo Intergovernamental de Peritos sobre a Evolução do Clima (Giec).
«As tendências que vinculam a energia ao crescimento económico vão realmente na má direcção», considerou o principal autor do estudo, Chris Field, director do Departamento de Ecologia Mundial na Instituição Carnegie.
A aceleração de emissões de CO2 é particularmente importante nos países em desenvolvimento, cuja economia progride fortemente. O caso mais evidente é o da China, onde o aumento das emissões de CO2 é um reflexo do aumento do Produto Interno Bruto (PIB) 'per capita'. Entre 2000 e 2004, os países em desenvolvimento foram os principais responsáveis pelo aumento das emissões de dióxido de carbono, embora representem apenas 40 por cento do total de emissões. Em 2004, 73 por cento do crescimento das emissões teve origem nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, que acolhem 80 por cento da população mundial.
No mesmo ano, os países considerados desenvolvidos (entre os quais a antiga União Soviética) contribuíram para 60 por cento das emissões totais. Cabe também a estes países a responsabilidade por 77 por cento das emissões acumuladas desde o início da revolução industrial, assinala ainda o estudo.
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