"O Grupo Mello ganhou esta semana o Euromilhões". Foi assim que o Bloco de Esquerda reagiu à proposta aprovada na quinta-feira em Conselho de Ministros de entregar a concessão das Estradas de Portugal até 2099, financiando esta operação com uma nova taxa a pagar pelos contribuintes. "É um negócio da China. Nunca houve uma privatização deste tipo. Teremos pela primeira vez na história portuguesa um imposto que é determinado para pagar a uma empresa", afirmou Louçã, ao criticar a decisão do governo em conjugar as auto-estradas com as outras estruturas rodoviárias, o que na prática significa "que a empresa Estradas de Portugal vai ser entregue ao Grupo Mello, por via da Brisa"
O Bloco chama também a atenção para o modelo de privatização adoptado, que no seu entender supõe «uma nova forma de imposto, a chamada “contribuição de serviço rodoviário”, de que só se sabe que tem por referência os quilómetros percorridos e o consumo energético de cada automóvel, não se sabendo como será calculado». O Bloco entregou esta manhã na Assembleia da República um requerimento ao governo solicitando a entrega das minutas do contrato de concessão a outorgar com as Estradas de Portugal. "Queremos que seja interrompido esse processo de concessão, de privatização, queremos acesso à minuta do contrato de concessão e que esse documento seja discutido no Parlamento", acrescentou Louçã.
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